23 de setembro de 2010

Medo do desconhecido

O Bebê de Rosemary narra a história de um casal que se muda para um apartamento em Nova Iorque e passa a se envolver com seus vizinhos, que se tornam indesejavelmente assíduos em suas visitas. Visitas que passarão a ser a causa do transtorno vivido por Rosemary (Mia Farrow). A história se desenvolve a partir do envolvimento de seu marido (John Cassavetes), um fracassado ator, com um casal de idosos que atraem sua atenção desmedida por um obscuro interesse, que envolve Rosemary e sua gravidez. Daí a futura mãe passa a experimentar uma incomum e sofrida gravidez, passando a ser controlada por seus vizinhos vivendo um ostracismo doentio e impositivo. Com a crescente tensão em que Rosemary está inserida, suas fugas e solicitações passam a ser consideradas atitudes de insanidade psicológica por seus conhecidos, o que gera uma certa ambigüidade característica no estilo de Polanski.


A sensação que temos é de experimentarmos um certo conflito entre a alucinação e a realidade. Pelo fato do diretor trabalhar o filme nesta linha tênue que separa o mundo pessoal de Rosemary, ora acreditamos ser real a circunstância do ritual, ora, repentinamente, nos tornamos céticos e julgamos ser um delírio neurótico da personagem, muito embora todos os fatos narrativos nos creditam uma veracidade sobre o casal de feiticeiros.


Polanski está interessado em usar o medo do desconhecido como mola propulsora de uma análise devastadora da família norte-americana, de seus sonhos pequeno-burgueses, de suas aspirações tão conhecidas, domesticadas e inofensivas.

Sessão:

Domingo, 26 de setembro - 20h - Grátis
Espaço Edith Cultura - Cineclube de Bragança
R. Cel. Leme, 176 - Centro
Bragança Paulista

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