23 de junho de 2010

Segunda, dia mundial do rock

Texto por: Thiago Capodeferro
Fotos por: Francine Romagnoli

Mais uma segunda feira party total com música de qualidade, mas dessa vez, com duas novidades: o primeiro: o lance rolou no porão do Edith Cultura/Sociedade Ítalo Brasileira, que tem uma mística diferente, transmite uma energia ímpar; o segundo: antes do show, rolou, lá mesmo, só que na parte de cima, o documentário Garrincha, a alegria do povo. Uma obra rara, de 1962, aproveitando o clima da Copa do Mundo. Sem dúvida uma mistura interessante, cinema + música + futebol.

Terminado o filme, hora de descer a escada que leva até o porão do espaço edith: aparecem os primeiros acordes, é hora do rock. Primeira banda, o Human Trash vem com uma proposta que vai além da música, usando como temática o lixo e a possibilidade de transforma-lo em algo novo e criativo; não apenas como sujeira mas também em termos de idéias. No palco, além de uma lata como parte integrante da bateria, uma lata de lixo, como se a banda convidasse cada um na platéia a jogar fora velhos conceitos, abrindo a mente para coisas novas.

Human Trash, por Francine Romagnoli

O Human Trash conta na sua formação com as guitarristas Mayra e Mari, que também integram a banda The Dealers, além do baterista Luis. Entretanto, ao contrário do som do Dealers, que é um garage rock mais cru e rápido, o som do Human Trash é mais trabalhado, apesar das guitarras maravilhosamente sujas, com uma pegada que por vezes soa sessentista. Uma das músicas, cantada por Luis, lembrou The Doors.

Na sequência, o The Blackneedles botou todo mundo pra dançar com seu som com influências de country/folk/rock de garagem. Os caras mostraram porque estão sendo tão elogiados, a banda não se prende a um estilo específico, fazendo um apanhado por várias boas referências históricas do rock n' roll. Lembrou Thee milkshakes.

The Blackneedles, por Francine Romagnoli

Fechando a noite,o Two Tears, projeto da guitarrista e compositora Kerry (ex Red-Aunts). Acompanhada do baterista Marco Buther, a americana mandou ver seu repertório com canções curtas e grudentas. As músicas de Kerry não seguem o padrão estrofe-refrão-estrofe-solo-refrão (...), o que torna o show imprevisível, mesmo para quem conhece bem o set list da banda.

Two Tears, por Francine Romagnoli

Quem ainda não colou em nenhuma segunda feira party total está perdendo tempo. O lance já virou clássico. Que venha logo a próxima.

Mais fotos do show, no Flickr do Espaço Edith Cultura
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Um comentário:

  1. Otimos shows, otima resenha, otimas fotos!!! Quem diz, que em bragança não tem oque se fazer, é porque ainda não conhece nossa SEGUNDA PARTY TOTAL!!!

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