31 de julho de 2014

A Serrinha e a seca do Cantareira

Observamos com bastante apreensão a situação da represa Jaguari-Jacareí, da qual somos vizinhos e cuja história acompanhamos desde o início, no final da década de 1970. O tema da seca e das águas esteve no horizonte de inspirações da edição 2014, acabando como o grande assunto em evidência durante todo o evento.

Ocupamos as margens da represa do Jaguari-Jacareí, principal do Sistema Cantareira, que passa por uma baixa histórica, ameaçando o abastecimento de água de região metropolitana de São Paulo. A proposta foi trabalhar a situação de seca do reservatório, que fica vizinho à Fazenda Serrinha, e a nova paisagem formada, por meio das linguagens artísticas mais diversas




As rachaduras, as raízes que se revelam, fundações de antigas casas que ficaram submersas com o alagamento na década de 1970, barrancos, velhas estradas, enfim, todos os elementos que fazem parte dessa realidade – incluindo as implicações geopolíticas, econômicas, ambientais – poderão ser explorados, experimentados, retratados.

Na vivência “Represa Experimental”, Bené Fonteles propôs leituras poéticas sobre a seca. O fotógrafo paraense Luiz Braga, que coordenou um workshop, também teve a represa como um dos focos de seu olhar. E a coreógrafa Morena Nascimento levou seus alunos para as margens do reservatório para uma intensa experiência em dança.




As ações do Festival de Arte Serrinha constituíram-se um contraponto artístico bem vindo, um sopro de vida em um momento de profunda inquietação.

Estão sendo organizados, compilados e editados todos os conteúdos produzidos durante a 13ª edição do festival. Esses materiais serão publicados no site à medida que forem sendo finalizados.


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