Aproveitando
o burburinho causado pelo Festival Baixo Centro, que está acontecendo na cidade
de São Paulo desde o ultimo dia 23 de março até 01 de abril
(programacao.baixocentro.org), como representante do Edith Cultura, peguei uma
carona no conceito desse festival para imaginar o que seria ter algo do gênero,
no centro de Bragança.
O Baixo
Centro “é um festival de rua aberto, colaborativo e independente, organizado
por uma rede composta por centros culturais, coletivos, artistas e produtores.
O objetivo do evento é estimular a apropriação do espaço público pelas pessoas,
motivando-as a uma maior interação com seus locais de passagem, trabalho ou
moradia. São mais de 100 atividades, entre exibição de filmes, shows musicais,
espetáculos teatrais, oficinas, performances, intervenções de rua e caminhadas.
Todos os passos da produção são feitos de forma associativa, aberta e livre. O
financiamento também é coletivo e associativo, via crowdfunding e outras formas independentes de arrecadação (leilão,
rifa, doações)”.
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Foto: Festival Baixo Centro |
O Edith
esteve presente no Festival no ultimo dia 24, com uma ação cineclubista voltada
às crianças residentes na ocupação urbana da Av. Ipiranga. Nossa
parceria foi estabelecida junto à Frente de Luta por Moradia. Acompanhando
a programação do festival, não só a realizada pelo Edith, mas interagindo com
outras propostas dos demais coletivos culturais, imaginei uma ocupação cultural
no centro de Bragança, com a participação e união dos coletivos culturais da
cidade e abertura para outros que, por ventura, quisessem participar.
Edith Cultura no Baixo Centro. Foto: Marina Amazonas |
Nesta cena
local, haveria a integração dos espaços centenários que foram fundados com
propósitos explicitamente culturais, como é o caso do Clube Literário e
Recreativo, o extinto Cine Bragança, a Sociedade Sinfônica, a ASES, a Sociedade
Ítalo Brasileira, o extinto Centro Cultural Brasil Estados Unidos - da saudosa
D. Helô - e, incluindo também, o projeto do centro cultural (ainda sonho!) que
ocupará o prédio do Teatro Carlos Gomes. Imaginei esses espaços abertos ao
público e funcionando ativamente de maneira colaborativa, com a participação de
jovens, adultos e idosos, que integrariam seus corpos gestores. Os jovens
contribuiriam projetando seu impulso renovador que move a humanidade, os
adultos ponderando e trabalhando pela integração geracional e os idosos
administrando, aconselhando, direcionando as ações, com a troca de experiência
da vida conquistada. Imaginei todos esses espaços compondo a ocupação cultural
do centro de Bragança como extensão das ruas, o que movimentava o centro, em
algum momento da nossa História.
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Rolê por Bragança. Foto: Coletivo Rolê |
Neste
exercício de imaginação, a ocupação do centro contaria com intervenções
artísticas desde a igreja e Praça do Rosário, passando pela Rua Dr. Cândido
Rodrigues, (uma das mais antigas da cidade e
que ainda guarda resquícios de outros períodos históricos), valorizando
a Praça Central, o Grupo Escolar Dr. Jorge Tibiriça, e poderia terminar com
mais intervenções artísticas no Largo das Pedras e no Jardim Público.
Imaginei um roteiro turístico cultural, onde
as pessoas transitariam por espaços públicos e privados pulsantes, cheios de
vida, cheios de arte, funcionando ativamente, integrando-se, interagindo-se uns
aos outros. Neste lugar, os jovens estariam totalmente imersos e envolvidos em
uma cena cultural riquíssima e promissora, a qual poderia se tornar uma
realidade bragantina, em um futuro bem próximo, desde que os planejamentos, a
gestão dos incentivos e investimentos fossem direcionados aos sonhos coletivos
que são possíveis, sim.
É por isso
que a partir de hoje o Edith Cultura abre suas portas para ouvir esses sonhos e
ideias e tentar torná-los possíveis. Interaja com a gente através da nossa
página no Facebook (http://www.facebook.com/edith.cultura1) e no Twitter (@edithcultura) ou aqui, pelo
nosso blog.
sonhos são apenas sonhos quando se sonha só.
ResponderExcluirquando se sonha junto, é realidade!
Que venha força coletiva, participativa e política às ações do Edith Cultura na cidade!!!
tudo começa na imaginação! parabéns dani, mulher de sonhos e iniciativas.
ResponderExcluirbeijo, tábata